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CURRÍCULO POPULAR E PEDAGOGIA CRÍTICA: A VIDA COTIDIANA COMO BASE PARA O CONHECIMENTO CURRICULAR

Estudar os currículos ao longo da história humana e escolar deve ser uma prática constante na vida de um professor. Através do Curso de Especialização em Educação Infantil oferecido pela Universidade de Brasília em parceria com a Secretaria de Educação do DF e com o MEC, tive acesso à vários materiais sobre o assunto. Este é um resumo de um texto muito interessante que versa sobre cultura popular e a pedagogia crítica. Indico para quem quiser compreender um pouco mais sobre o assunto. Abraços, Mariela

CURRÍCULO POPULAR E PEDAGOGIA CRÍTICA: A VIDA COTIDIANA COMO BASE PARA O CONHECIMENTO CURRICULAR

Henry A. Giroux
Roger Simon

Nos Estados Unidos, a reforma educacional foi influenciada por duas correntes político-ideológico, que possuem semelhanças: a escola é um mecanismo especial para produzir e legitimar os interesses econômicos e políticos das elites empresariais ou o capital cultural das classes dominantes. Ambas negam a cultura, na esfera pública, e tornam ilegítimas as manifestações democráticas. A transmissão e a imposição são as bases do processo de aprendizagem.
A primeira toma forma pela intervenção das grandes empresas e as escolas tornaram-se áreas de treinamento para as forças de trabalho, provedoras dos conhecimentos e habilidades ocupacionais com a finalidade de promover a expansão da produção interna e o investimento externo. A escolarização, portanto, assumiu uma formação tecnocrática e especializada em consonância com sua ostensiva, mais tecnicista e instrumental, que ideológica.
Em oposição a esse movimento, houve a ascensão da ala culturalista da Extrema Direita que ampliou a definição de escolarização, em termos de sua finalidade e do trabalho docente, recriando a “tradição ocidental” por meio de uma pedagogia livre das preocupações com eqüidade, justiça social ou necessidade de formar cidadãos críticos. Critica a modernidade, a democracia, a diversidade e o relativismo. Esta, última, um mal que se alastra mediante a influência dos movimentos de protesto estudantis, das disciplinas acadêmicas, do acréscimo da diversidade cultural, cultura popular e étnica em seu país, fruto das migrações.
Para os autores, a escola é um território de luta, de formas sociais que ampliam as capacidades humanas, e a pedagogia, uma política cultural embasada nas diferenças e no fortalecimento do poder das minorias, até então, silenciadas. Defendem a pedagogia crítica através da combinação da cultura popular e da pedagogia aplicada na sala de aula.
A pedagogia é compreendida como política e como prática que se manifesta por meio do ato intencional de influenciar tipos, processos de conhecimento e identidades nas relações sociais em entre elas.

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

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